Inserir uma boa rotina de exercícios físicos no cotidiano, proporciona diversas vantagens para a promoção e manutenção da nossa saúde, bem-estar e qualidade de vida. Isso é cientificamente comprovado e não é nenhuma novidade. Cada vez mais as diversas formas de se exercitar, seja como treinamento de atletas, manutenção da saúde ou prevenção de doenças, são avaliadas, testadas e validadas em importantes centros de pesquisas espalhados pelo mundo. Os estudos relacionados ao exercício físico têm participação essencial para derrubar mitos, estabelecer maneiras mais efetivas de atingir os objetivos, fazendo com que o praticante possa evoluir cada vez mais.

É por isso que, os diferentes objetivos e condições que as pessoas possuem em relação ao corpo ou condicionamento, são abordados por estratégias também diferentes e não só isso, essas abordagens também mudam para a mesma pessoa com o passar do tempo, conforme a sua progressão. Por exemplo, se o indivíduo precisa perder peso ou ganhar massa muscular, se precisa fortalecer ou se condicionar para um momento específico (uma cirurgia, uma competição), se é portador de alguma doença crônica, articular, circulatória ou respiratória, entre outras, tudo isso deve ser considerado e aliado, pela orientação de um profissional, com informações e métodos consistentes para que estes objetivos sejam atingidos.

Afinal, seja nos ambientes fitness, academias, estúdios ou até na rua, a forma com que nos exercitamos muda constantemente. Cada vez mais modalidades surgem, vão se especializando, aliando com tecnologias novas e os procedimentos se adaptando. Até mesmo os “modismos” da mesma forma que aparecem, vão sendo esquecidos ao longo do tempo ou sendo comprovada sua ineficiência, se for o caso. Não é um processo simples. Entender como funciona o corpo, desde suas microestruturas até suas relações com o ambiente e com outras pessoas, faz parte de um coordenado cenário da ciência esportiva e do desenvolvimento de linhas de pesquisa que duram anos, ou até toda uma vida.

Nesse cenário, os pesquisadores estudam profundamente o assunto a ser investigado na literatura científica mais recente, além de pensar em todos os detalhes, para viabilizar seu estudo, incluindo as diferentes fases de um projeto de pesquisa. Pesquisadores se comunicam por publicações, é assim que uma pesquisa gera suporte para outra. Aqui no Brasil, os cientistas contam maciçamente com o apoio das universidades e do governo para realizar esses projetos, porém em outros lugares do mundo, é mais comum a indústria e grandes empresas ajudarem a financiar as pesquisas.

Todo esse processo é muito importante, pois com base nesses estudos, seja para a educação física, biologia, farmacologia, fisioterapia, engenharia, administração, direito, medicina e as demais áreas do conhecimento, a sociedade sabe como são válidos os achados científicos, contribuindo muito com a qualidade de vida, proteção e desenvolvimento humano, ajudando entender o mundo a nossa volta e a moldar nosso comportamento sempre em nosso benefício e evolução. A vacina contra COVID-19 foi uma recente comprovação disso, de como a ciência foi substancial para resolver um problema mundial grave.

Já na área da Educação Física, surgem as novas abordagens do corpo, mudanças nos treinamentos e periodizações, para acrescentar dinamismo à prática, novos exercícios, equipamentos, modalidades, uma infinidade de informações que vão sendo acrescentadas, reafirmadas ou até descartadas. Por isso, independente da modalidade, o profissional de educação física precisa sempre estudar e se atualizar. A Educação Física além de ser uma área que está, e muito, aliada com a tecnologia, tem como base a ciência do esporte e seus estudos que proporcionam novas formas de entender e nos relacionar com o nosso corpo, quebrar paradigmas e buscar evoluir sempre.

Texto por: Franciane Vasconcellos - Professora de Pilates Studio Corpo Livre